sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mambrina

Aprisco

Caprino da raça Mambrina

Fonte: Aprisco

Raça originária da Síria e Palestina. É também chamada, no Brasil, de "Indiana" ou "Zebu"

A raça Mambrina foi introduzida no país no final do século XIX, por meio da empresa Hagembeck. Alguns desses animais, de longos pêlos e coloração negra, ficaram registrados em fotografias da família Lutterbach.


Os plantéis desta raça surgiram na Bahia na década de 1940, e logo se tornaram o maior patrimônio caprino baiano. A raça conta com dezenas de criadores entusiasmados e centenas de exploradores. Há bons consumidores em São Paulo, em Goiás, no Mato Grosso e em vários estados nordestinos.


Possui cabeça em cunha seca, distinta, forte e larga, com perfil subconvexo. O chanfro é direito na fêmea e ligeiramente bombeado no macho. O lábio superior é, às vezes, proeminente. Os olhos são expressivos, mansos, de cor azul celeste. São geralmente mochos, mas esta característica não é racial; quando possuem chifres, principalmente nos machos, estes são longos, saindo para os lados em espiral, para cima e para trás, enquanto nas fêmeas é espiralado e dirigido para trás, lembrando um pouco os da raça Angorá.


As orelhas são grandes/longas, largas, pendentes, atingindo até 40 cm de comprimento por 10 a 15 cm de largura, espalmadas, ultrapassando o focinho, apresentando uma curva para dentro e para fora da extremidade, com a ponta pregueada e retorcida para fora. O corpo é um pouco mais compacto que na cabra Nubiana, com as costas direitas, as costelas cinturadas, a garupa ampla e tão direita quanto possível.


O ventre é desenvolvido na cabra e o peito é largo e musculoso no bode. Úbere volumoso, de forma globular. Tetas de grossura variável, de preferência fortes. Membros altos, fortes, direitos e secos. A pelagem é variável, negra, castanha, amarelada, cinzenta e suas combinações em malhas. Os pêlos são cerrados e lustrosos, havendo animais tanto de pêlos curtos como compridos. Neste último caso, os pêlos compridos dominam no terço inferior do corpo, sendo curtos os da cabeça, orelhas e extremidades dos membros. No Brasil, os animais de pêlos curtos são preferíveis e evidentemente mais comuns, por serem mais adaptados ao clima.


Seu pelo médio é de 40 kg, na fêmea, e 60 kg no macho. A estatura vai de 70 a 75 cm na cabra e 80 a 90 cm no macho. As mucosas são escuras e a pele é flexível e predominantemente escura.


Esta raça é especializada na produção leiteira, mas tem bom potencial para a produção de peles e de carne. Produz diariamente de 2 a 4 litros de leite com 4% de gordura, com os quais se fabricam, no oriente, queijos e a conhecida manteiga de Alepo. O leite tem bom paladar, pois não possui odor hircino. É uma cabra muito rústica, de grande porte e fácil manejo. Adapta-se sobretudo às regiões agrestes, quentes e secas, como no Nordeste e Centro do Brasil, onde tem prosperado.


Muito prolífica, tem até dois partos por ano, quase sempre de dois cabritos. As melhores parições acontecem  no Brasil Central, na primavera. Seu temperamento é calmo. Os cabritos são sadios, fortes e resistentes, não necessitam de cuidados especiais para se desenvolverem bem. A carne é saborosa e muito apreciada. Em cruzamento com nossos caprinos comuns, dá mestiços maiores e mais leiteiros. É uma das raças mais recomendáveis para uma extensa região do nosso país.


Destinação: Carne, Leite, Pele
Região mais adequada: Nordeste, Centro-oeste e Sudeste brasileiro

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