sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mambrina

 

The Syrian Goat-Capra Hircus - The Society for the Promotion of Christian Knowledge  1843 by Josiah  Wood Whymper

Josiah Wood Whymper
The Syrian Goat-Capra Hircus
The Society for the Promotion of Christian Knowledge 1843

terça-feira, 19 de julho de 2011

Mambrina e outros Caprinos

 

10. O Mambrina ou bode Sírio, com orelhas caidas bem longas é uma variedade do bode Angora. Portanto esses animais são apenas diferentes raças da mesma espécie que foram produzidos pela influência do clima. Caprae in multas fimilitudines transfigurantur, disse Pliny. Na verdade, apartir dessa enumeração é aparente que os caprinos, mesmo que essencialmente similares uns aos outros, variam enormemente na sua aparência externa; e, se nós entendermos, assim como Pliny, que sob o nome genérico Bodes, está incluso não só aqueles que já mencionamos, mas também cabrito-montês, antilopes, etc, essas especies seriam as mais extensivas na natureza e contém mais raças e varedades que as dos cachorros. Mas Pliny, quando juntou o antilope, o cabrito-montês, etc,  nas espécies de caprinos demonstrou sua ignorância sobre a real definição de espécies. Esses animais, embora se pareçam com os caprinos em muitos aspectos continuam sendoduas espécies;

 

 

Fonte: Natural history, general and particular, Volume 6, Por Georges Louis Leclerc Buffon (comte de)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mambrina No Brasil

 

1898 – A Raça Mambrina foi introduzida no Brasil  por meio da empresa Hagenbeck. poucos animais ficaram registrados em fotografias, exibindo longos pêlos e coloração negra, ainda em poder da familia Lutterbach. Eram animais da variedade Siria Montanhese. Teria o pioneiro josé José Júlio Lutterbach alguma intenção de seleção? Talvez sim, mas com o passar do tempo – a Mambrina desapareceu do Rio de Janeiro. A revista brasileira de Caprinos & Ovinos mantém algumas fotografias dos primeiros animais introduzidos no Brasil, cedidas pela familia Lutterbach.

1910 -  Escreve G. Corlett (1971): "Sobre os animais entrados antes de 1925, não pudemos encontrar dados fieis mas sabemos que desde 1910, mais ou menos, o Brasil começou a importar caprinos, tendo figurado nestas primeiras importações as raças Toggenburg, Saanen, Acamurçada, Valaisiana ou Schwartzals, provenientes da Suiça e da França, as raças de Múrcia e Malta vindas da Espanha e as Angorá, Nubiana e Mambrina, do Oriente. As escassas verbas do ministério permitem acreditar que, no máximo, todos os animais entrados antes de 1925 não somem o total da tabela.”

1932 – Um fato memorável foi a importação da década de 1930, pelo então governador Landulfo Alves, uma das maiores inteligências no setor agricola baiano. Ele entendia de ecologia. Trouxe os bovinos Schwyz e Guzerá, o caprino mambrina e o ovino Bergamancio – afirma Emerson Figueiredo Simões. Buscava assim a genética de outras fontes: a mamber (Siria Montanhesa), Sudanesa (Africa) e Somalis (Africa) que geralmente provaram ser decepcionantes como raças puras, naqueles dias, mas com alguns resultados interessantes na progênie de cruzamentos. A Anglo-Nubiana (então conhecida no Brasil simplesmente como Nubiana) e a Siria Montanhesa (ou Mambrina, embora pudesse ser a raça Damasco) realmente acrescentaram tamanho e peso na carcaça da progênie cruzada com Crioula.

1940 – Na Bahia já havia muito Mambrina em 1940 e ali se tornou um patrimônio genético do estado. De fato, o Mambrina é hoje uma riqueza da Bahia, com dezenas de criadores entusiasmados e centenas de exploradores. Afinal, o Mambrina garante grande porte, boa aptidão leiteira nas fêmeas, muita rusticidade e fácil manejo. O Mambrina garante tudo que é preciso numa moderna criação de caprinos de dupla aptidão.

1948 – Depois de vários ataques, ficou decidido em reunião entre a Secretaria de Agricultura da Bahia, representantes do Comércio de Couros e Peles, e diversos técnicos estaduais e federais, que não mais deveriam ser estimuladas criação de qualquer raça de ovinos lanados e caprinos peludos, pois isso estava sendo um desastre para a industria baiana de couros e peles. Mesmo sendo apontado como maléfico por ser peludo, o Mambrina reagiu, segregando individuos visivelmente deslanados, como prova da inteligência do criador brasileiro. O Angorá caminhou para a quase extinção, a Toggenburg restringiu-se à produç]ao de leite. Foram aconselhadas, nessa ocasião, as criações de raças como Marota, Moxotó e Repartida.

 

Fonte:A Cabra e a Ovelha no Brasil, por Rinaldo dos Santos